O ARTISTA PLÁSTICO LUIZ ALPHONSUS ABRE UMA NOVA EXPOSIÇÃO NA GALERIA CLIMA NO FASHION MALL: COSMOS
A mostra fica até 30/11 e traz trabalhos inéditos do artista mineiro radicado no Rio
Fotos Miguel Sá
O artista plástico Luiz Alphonsus abre sua primeira mostra individual na Galeria Clima do Rio de Janeiro – intitulada de Cosmos – com um conjunto de obras da série “Pinturas Cósmicas”. São ao todo 17 trabalhos em acrílico sobre tela e uma instalação que é uma junção da sobreposição de planos e perspectivas entre escultura e pintura, sendo 3 trabalhos inéditos.
“Embora tenha começado a desenvolver essa série desde 1970, todos os trabalhos da mostra são produções do século XXI (dos anos 2000 e 2010), sendo que 3 em 2023”, diz o artista.
“Com esses 3 trabalhos inéditos, intitulados Gravitação, volto aos formatos menores da década de 1970, mas continuando a desenvolver essa série cósmica a partir de novas técnicas e novos pensamentos”, diz o artista.
Mineiro de Belo Horizonte, nascido em 1948, Luiz Alphonsus (de Guimaraens) vive e trabalha no Rio de Janeiro no Leblon, onde convive com a formações geográficas de montanhas que estão presentes em vários de seus trabalhos, entre eles fotografia, pintura, instalações e esculturas.
Em 1969, no Rio de Janeiro, funda a Unidade Experimental do MAM-RJ com Frederico Morais, Guilherme Vaz e Cildo Meireles. No ano seguinte, participou da exposição efêmera organizada por Frederico Morais, Do corpo à terra, com o trabalho Napalm, uma faixa plástica em que o artista ateou fogo em referência à Napalm, bombas incendiárias lançadas na Guerra do Vietnã. Do corpo à terra, foi um marco na vanguarda da arte brasileira.
O artista é precursor da Land Art no Brasil com trabalhos como Negativo/Positivo (1970) e encontro num ponto (1970), obras que Alphonsus realiza a partir de intervenções na natureza.
No MAM – RJ fez importantes exposições, como a Coração 7/7/77 (1977), que além de ser um discurso emocional sobre as questões populares, enfrentou imposições da censura vigente durante a Ditadura Militar. Alguns anos antes havia participado da IX Bienal de Paris (1975), França, e da 11º bienal de SP em 1971.
No final dos anos 1970, realizou a série de fotografias “Bares Cariocas”, retratando botequins de rua do Rio de Janeiro. Com essa questão da visão conceitual e popular, criou em 1980 o trabalho Conceitual Caboclo, instalação com uma faixa de plástico com inscrições, quatro garrafas de vidro e uma vela que pode ser apresentada tanto acesa quanto apagada.
Luiz Alphonsus expôs também internacionalmente, em 1992 apresentou a obra O observador e o passante – versão africana – em individual no Centro de Estudos Brasileiros na cidade de Maputo, Moçambique. Pela América Latina participou das exposições Nano Stockholm (2009), com curadoria do Grupo DOC do Rio de Janeiro, que passou pela ArtBo Colômbia e por cinco capitais brasileiras. No México integrou a mostra Noches Fieras (2018/2019), no Museo Universitario del Chopo.
Em 2005 realizou uma grande retrospectiva de sua obra dentro da coleção Gilberto Chateubriand, no MAM-RJ, com curadoria de Fernando Cocchiarale. E em 2019 um panorama completo de sua produção na exposição Cartografia Poética, com curadoria de Daniela Name, no BNDES.
MOSTRA: COSMOS de LUIZ ALPHONSUS
QUANDO: até 30/11/23
ONDE: CLIMA GALERIA – Fashion Mall
LOJA: M 233 (segundo piso)
HORÁRIO: segunda a sábado, 10h às 22h e domingo e feriados: 14h às 22h
Entrada Franca