CASA NA SERRA SE TRANSFORMA EM CLUBE PARA A FAMÍLIA
Além das possibilidades de entretenimento, o projeto do arquiteto Rafael Mirza foi pensado para ser ecológico.
Fotógrafo @dhani_b
Dhani Borges
Um clube ecológico: esse foi o pedido que os clientes fizeram ao chamarem o arquiteto Rafael Mirza para a construção de uma casa em Itaipava, região serrana do Rio de Janeiro. Os moradores adquiriram três platôs; o principal com 1200 m² e mais dois para construções auxiliares.
“Fomos chamados para construir do zero; o projeto em si levou cerca de dois meses e a obra, da fundação à finalização da decoração, levou 1 ano e 5 meses”, conta o arquiteto.
A casa foi construída toda integrada: do interior é possível acessar área gourmet e piscina – há uma passagem na sauna que conecta o interior com a piscina, mantendo a água aquecida.
Mantendo essa proposta o primeiro pavimento é todo integrado: as salas de estar e jantar, cozinha e adega são conectadas física e esteticamente, já que todos ambientes receberam o mesmo piso e teto, sendo este em madeira, criando uma maior sensação de aconchego. Além disso, toda a fachada é envidraçada, criando elo entre ambientes interno e externo, com visão para a grande piscina.
“Ainda no primeiro andar, criamos escritório, lavabo, área de serviço e duas suítes de apoio. Já no segundo andar, fizemos duas escadas, a principal faz parte da decoração, com pé direito duplo; a segunda tem acesso pela área gourmet e dá acesso mais próximo à suíte master, sendo possível a circulação pelas duas extremidades da casa”, explica Rafael.
O segundo pavimento conta com um grande corredor, onde há três suítes iguais (hóspedes e dois filhos), além de academia e um hall íntimo que dá acesso a uma sala de leitura. A suíte master com closet e hidromassagem fica na extremidade oposta a esses ambientes, tendo acesso próximo à área gourmet.
Todos os três quartos dão numa varanda acima da área social e compõem a arquitetura da fachada; já a master tem a vista para dois lados, frente e lateral da casa, com uma vista privilegiada pro vale, contemplando todo o verde da serra.
Construção e ecologia
A casa, construída onde o platô era mais largo, foi pensada como um grande bloco, em que a entrada se dá pela lateral e a fachada principal é virada para a frente. Do outro lado, há um bloco vertical.
“Para evidenciar a diferença entre os dois blocos, criamos a laje superior reta e, no meio, na parte mais horizontal, criamos uma laje curva, perceptível também por dentro”, explica Mirza.
Toda fachada é em concreto. O revestimento usado foi criado pelo escritório de Rafael na própria obra.
“Como não achamos disponível no mercado um revestimento cimentício da forma que especificamos, a nossa solução foi criar esse revestimento na própria obra. Fizemos formas de madeira, fizemos o concreto e aplicamos na parede, criando um resultado mais natural e com um revestimento proporcional ao tamanho da casa”.
No segundo platô, foram construídas quadras de esportes, criando o clube tão desejado pela família.
Para tornar a casa em uma construção ecológica, foram usadas algumas tecnologias, como: reaproveitamento de água da chuva, painéis solares e cinturão de água quente, o que diminui consumo de energia.
Decoração
Todo o décor foi pensado para contrastar com a arquitetura mais rústica da casa. Tons claros se fazem presentes nos móveis e revestimentos, além da cortina, que suaviza a serralheria preta das esquadrias.