IGBÁ ODÙ: OS BRAÇOS FORTES DA MEMÓRIA

Igbá Odù: Os braços fortes da Memória” inaugura dia 22/1, no Centro Cultural Correios

Individual da artista Reitchel Komch propõe questionamentos acerca da diáspora africana no Brasil e da matriz negra

Obra de Reitchel Komch

Em “Igbá Odù: Os braços fortes da Memória”, Reitchel Komch instiga o espectador com suas narrativas da diáspora africana no Brasil, bem como utopias de superação de um processo social historicamente nocivo à matriz negra de nossa formação. A abertura será no dia 22 de janeiro, a partir das 16h, no Centro Cultural Correios, no Centro.

Deuses, mitos e lendas em torno do tempo (Iroko), rondando os lugares laconicamente reticentes sobre

sua própria ancestralidade, conduzem a artista na busca de autoconhecimento, representatividade e redefinição de seu lugar social, rompendo paradigmas e reestruturando sua psique. O Tempo (Orixá) é libertário, agente do destino que entrega relatos da diáspora negra, possibilitando resgates emocionais através da volta às origens.

Obra de Reitchel Komch
Obra de Reitchel Komch
Obra de Reitchel Komch
Obra de Reitchel Komch

Segundo a artista, “trata-se de uma visão da arte, em cujas pinturas, esculturas, tótens, portais, smbolzam uma progressão espiritual do mundo físico. Utilizando, cabaças, fios têxteis (a juta, o algodão, o linho), hastes de ferro, eu me questino: onde estão as nossas vozes?”.

Variando dos pequenos aos grandes formatos ela apresenta esculturas e pinturas, manipulando a equação “representação na arte para gerar representatividade civil”. São, do fim ao início, movimentos de subjetivação da luta identitária por inclusão e igualdade, marcadores não apenas de sua expressão política enquanto artista negra, bem como redefinição do lugar público de todos os brasileiros de ascendência comum.

Obra de Reitchel Komch

Saiba mais sobre Reitchel Komch

Carioca, vive e trabalha no Rio de Janeiro. Artista visual de tendência neoexpressionista, atua em suportes diversos — com foco em revisões/reinvenções de mitologias ancestrais (oIroko, por exemplo) e em dispositivos para visibilidade de etnia historicamente marginalizada, com superação do trauma (os africanos escravizados e forçados à imigração para o Brasil). Realizou as mostras individuais ‘Giras da vida: entre o Vurdon e o Irokô’ (Galeria MBlois, Rio, 2023), e ‘Dos Gestos e do Tempo’ (Espaço Cultural Correios, Niterói, 2019). Entre outras exposições coletivas, estão ‘Mata-mata’ (EAV-Parque Lage, Rio, 2024); 14ª edição dos ‘Artistas Sem Galeria’ (Zipper Galeria, São Paulo, 2023); ‘Assoma’ (EAV-Parque Lage, Rio, 2023) e ‘Territórios Insustentáveis’ (Galeria do Consulado da Argentina, 2022). Lança ‘Abre Caminho’, vídeo realizado a partir de performance e escultura homônimas na ‘Coletiva Ñzanza’ ꟷ com curadoria de Marcelo Campos e Sabrina Veloso (Villa Aymoré, Rio, 2020). Participa de ‘Abre Alas 16’ (A Gentil Carioca, Rio, 2020); ‘A Melancolia da Paisagem’ (Galeria Sem Título, Fortaleza, 2019); ‘Flutuantes’ (Paço Imperial, Rio, 2018); ‘O Corpo e o Feminismo’ (Centro Cultural da Justiça Federal, Rio, 2018), e ‘Intersubjetividades’ (Espaço Cultural Correios, Niterói, 2017).

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